Todos os dias se multiplicam histórias de convivência de professoras e professores do campo. A convivência é uma nova forma de ver e viver no Semiárido e os sujeitos dessa história são marcados pela resistência, amor pela terra e pelo próximo. O Semiárido também é um espaço de partilha de saberes do coração e da terra. A educação semeada por educadoras e educadores do campo inclui e tem como base o seu povo, respeitando, escutando e valorizando os anseios e os saberes populares.
Dona Teresinha de 54 anos é mulher, agricultora familiar e professora de uma escola do campo da comunidade de Croatá, onde ela mora com sua família no município de Quixadá. Ela acredita e promove essa educação em sua comunidade. Para ela, ser educadora e agricultora familiar é plantar saberes do campo no coração das suas alunas e alunos. O conhecimento que é semeado e colhido todos os dias nas salas de aula por ela e suas alunas e alunos, mais se parece com os povos do Semiárido, do que, os que são partilhados nos livros. Esses saberes respeitam nossa terra e o povo que vive aqui e suas origens, principalmente fomentando alegria, amor e motivação para seguir no caminho do bem viver. “Nossa maior missão é construir um espaço de convivência e respeito. A minha bandeira é a da Agroecologia e da educação.” comenta Dona Teresinha.
PLANTAR E COLHER SABERES
Ela e sua família são beneficiadas pelo Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), executado pelo Instituto Antônio Conselheiro (IAC) no Sertão Central em parceria com a Articulação no Semiárido Brasileiro e o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES). Dona Teresinha comenta que foi a partir da chegada da Cisterna Calçadão que ela teve a oportunidade de conhecer e partilhar experiências de convivência dela e de outras mulheres agricultoras do Semiárido nas capacitações Gapa e SSMA que fazem parte do plano de ação do Projeto. Essa partilha de saberes chega também nas escolas, onde ela tem oportunidade de conversar e partilhar essas experiências de convivência para suas alunas e seus alunos. Dona Teresinha representa toda a força e amor da mulher agricultora e multiplicadora de saberes do Semiárido. A educação que pulsa nas escolas do campo é feita com diversidade, amor, luta, resistência e dialoga com as famílias do campo. Valorizar o trabalho, a garra e o amor das educadoras e educadores do campo é valorizar a cultura do Semiárido e lutar pela universalização da educação pública no campo. Conheça nossa página no Facebook e partilhe com seus amigos a agroecologia!